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A Evolução do Envelhecimento
A evolução biológica do ser humano desde o nascimento até a velhice, em seu processo vital, é afetada por inúmeros fatores: políticos, sociais, profissionais, ambientais e outros, além da programação genética. Cada pessoa envelhece de maneira diferente e seu declínio psicobiológico é uma expressão de sua existência e estilo de viver, integrados dentro de contextos maiores, que os afetam continuamente.
As circunstâncias que incidem na história pessoal de cada um podem causar direta ou indiretamente enfermidades ou distúrbios diversos. Esses problemas se acentuam pela solidão e abandono social, a que se vêem relegados a grande maioria dos idosos após a aposentadoria ou a fragmentação familiar.
O processo de envelhecimento como um todo é uma espécie de reação em cadeia, na qual uma mudança adversa pode desencadear outras reações, contribuindo a um declínio mais acelerado na velhice. A reabilitação ou a prevenção de males geriátricos deverá ser pensada também como um processo unitário que abrange níveis orgânicos, motores, afetivos, intelectuais e sociais.
Levando em conta os fatores que afetam os indivíduos na Terceira Idade e para que eles preservem o maior tempo possível sua autonomia e bem-estar, novas alternativas devem ser buscadas pela Gerontologia e Geriatria. Alternativas que busquem uma expansão existencial e a possibilidade de encontrá-la ainda que na velhice. O objetivo principal para a Terceira Idade seria produzir modificações na qualidade de vida dos idosos, melhorando funções e facilitando a expressão de potencialidades latentes.
Em estudos com distintos grupos de idosos, ficou demonstrado que o processo de envelhecimento é parcialmente reversível. Não só a deterioração se detém, quando algumas medidas são tomadas, como um grande número de funções podem ser reabilitadas no nível motor, psicossomático e nos padrões de resposta emocional e intelectual.
Os fatores mais importantes no processo de reabilitação são os de caráter afetivo. Esta afirmação não pode parecer estranha se pensarmos que a gênese da inteligência, de acordo com Piaget, está fundamentada em primordiais estruturas afetivas e no processo de formação da identidade. Justamente o ancião, experimenta uma perda violenta de suas relações afetivas dentro de uma sociedade que o rechaça, e pela desvalorização e perda de sua identidade como ser humano. Esses dois processos o derrubam na insanidade, na desorientação e na falta de motivação para viver; suas funções intelectuais concomitantemente se vão paralisando. (Toro, 1991).
Cada vez mais são propostas alternativas para manter o idoso ativo e com qualidade de vida, através de encontros prazerosos com grupos da Terceira Idade, nos quais são estimuladas as liberdades de sentir, de expressar suas emoções, sua identidade e são valorizados sentimentos de plenitude e alegria. Acreditamos que a auto-estima é reforçada pela capacidade de se sentirem vivos, criando e percebendo em suas vidas, maiores possibilidades para assumir sua própria evolução. Quanto às emoções de raiva ou medo, por exemplo, podem ir se diluindo, canalizadas e transmutadas através de exercícios de criatividade. Para os idosos dependentes, que já não conseguem buscar tais alternativas, começam a aparecer Residenciais para Idosos de bom padrão, com programas de entretenimento, atividades físicas coordenadas por profissionais capacitados e apoio psicológico que os fazem sentirem-se vivos e atuantes em seu meio.
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