Dicas & Novidades

25/05/2012

A Terapia Ocupacional como opção no Envelhecimento

A Terapia Ocupacional como opção no Envelhecimento

O envelhecimento é um processo natural do ser humano, que precisa ser considerado como um processo contínuo de participação social e econômica, com garantias à saúde e ao lazer, enfim, com qualidade de vida, independente das alterações pertinentes a essa etapa da vida.O “Longa Vida para o Rei!”, parece ser um desejo para a maioria dos indivíduos, ou seja, viver cada vez mais, porém, a experiência do envelhecimento vem trazendo uma gama de decepções, conseqüentes da ausência de perspectivas de manutenção da saúde e de mecanismos que garantam um desempenho participativo numa sociedade capitalista. O envelhecimento é um processo social. Envelhecer poderia até ser um privilégio, se para tanto, fossem garantidas boas condições físicas e psíquicas, para experimentar épocas, momentos históricos, situações sociais diversas,enfim, vivenciando a (re) construção de valores. O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em seu ultimo censo, revelou um aumento significativo da população com faixa etária superior a sessenta anos. Parece que o idoso começa a retomar um espaço social maior e mais representativo na sociedade, o que nos leva a crer que paralelamente, o terapeuta ocupacional também tem ampliado significativamente seu campo de intervenção, na prevenção e educação em saúde do idoso, com vistas à qualidade de vida, nas orientações das Atividades da Vida Diária e das Atividades da Vida Prática, buscando melhor adaptação ao ambiente. A Organização Mundial da Saúde e a Organização das Nações Unidas vêm se empenhando para melhor desenvolver e expandir os conceitos que envolvem a terceira idade, entretanto, é possível observar que é através do caráter biológico, que se considera o indivíduo idoso, aquele que se encontra numa faixa etária acima dos 60 anos. O papel do indivíduo idoso está relacionado a manter viva a história de um passado no presente, trazendo elementos de um começo, para estruturar um fim; mas na verdade, esta possibilidade encontra-se perdida, face sua condição de sobrevivente, “sem projeto”, numa sociedade ocidental e capitalista, onde seu potencial cognitivo e participativo, mantém-se limitado, em razão das adversidades de um corpo que se desagrega, à medida que a memória vai-se tornando cada vez mais viva. A Terapia Ocupacional na saúde do idoso, visa sua independência e autonomia, para lidar com suas limitações e possibilidades, promovendo a saúde, prevenindo perdas funcionais e cognitivas, intervindo sobre o isolamento social e a inatividade, com isso resgatando a vida ocupacional e/ou participativa do sujeito. Devemos entender que na Terapia Ocupacional, as Atividades da Vida Diária, compreendem desde as atividades fundamentais para a sobrevivência, como comer, manter-se aquecido, evitar perigos, manter higiene pessoal, e em algumas situações, habilidades sociais básicas, até os aspectos mais complexos do cuidado pessoal e da vida independente, como cozinhar, fazer compras e realizar serviços domésticos.

O Terapeuta Ocupacional é hábil em analisar as partes que compõem uma atividade, dirigindo sempre sua atenção aos elementos que beneficiarão o sujeito, contribuindo para o equilíbrio entre habilidades da vida diária, trabalho e lazer, e aos mecanismos facilitadores para a organização do cotidiano, dos papéis sociais e de habilidades dentro dos diversos padrões ambientais.


Compartilhar: